Vazio no peito, buraco na alma
Labirinto espinhoso em teus olhos
Assombra e escurece a calma.
Não há ali o abrigo que procuras
Não existe no sinuoso logradouro
A luz que com a busca coaduna.
Silencio dentro do mais longo silêncio
Precipito a morte galopante
Para acalmar o dor rompante.
Aproveito o tempo que me sobra
Relendo cartas e memórias póstumas
No sombrio passado de outrora.
Porque enfim aprendi, deveras tarde
Que quando a dor não basta
Não há nada no peito que a abafe.
E ela não basta, apenas se afasta.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
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