terça-feira, 3 de novembro de 2009

Viúva Negra

Chega a noite, sombria, quente e silenciosa
Trazendo consigo tão bela e formosa
Uma mulher linda, sensual e enigmática
Com vestes brilhantes ajustado ao corpo dela.

Sua forma escultural, de longe se percebe
Seu perfume inebriante a todos entorpece
Sequer preocupa-se com os olhares admirados
Pois carrega dentro de si a lembrança do amado.

Ignora a todos pelo legado de um amor
Cultiva em seu sorriso o amarelo daquela dor
De que adianta na vida ser tão linda e bela
Se tudo que sempre quis não está mais com ela?

Então, simplesmente, continua linda a caminhar
Com suas curvas belas, mas ausente o brilho no olhar
Procurando em cada canto algo que lhe dê prazer
Ou uma fuga do sombrio desgosto de perder.

E assim, segue a vida sem titubeio
Com suas vestes silhuetas e seu peculiar cheiro
Vivendo cada dia apenas por existir
Esperando, em algum canto, novo amor sem fim.

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