sexta-feira, 26 de março de 2010

Espírito

Meu espírito é o abrigo de minh’alma
Radicados em um corpo cansado e sem calma
As pernas obedecem somente a pequenos comandos
Enquanto o coração descompassa em total abandono.

Sinto valer-me por aquilo que amealho
Mas no abandono o que me abona é parvo
Que tarda fazer com que os olhos se abram
E possam vislumbrar a luz no horizonte lutuoso.

O meu espírito agora está em frangalhos
A alma que antes repousava agora vaga errante
O corpo que outrora se firmava
Derroga as forças como um moribundo em calçada.

Extremamente vivo a tentar recompor os cacos
De ossos frágeis e espiritualidade destroçada
Elevando a alma a um patamar de sandice
Onde reside a razão de uma mente renovada.

terça-feira, 2 de março de 2010

Amor maior

Toma de mim um beijo sufocante
Lascivo, ofegante.
Sintas de mim abraços ardentes
Carícias profundas, contundentes.
Devote a mim a sua luxúria
Me beije, me lambuza.
Concentra em mim sua fúria
Me xingue, me empurra.
Projete em mim seu desejo
Me mostre seu suor, seu latejo.
Cancele em mim sua busca
Me faça seu homem, acabe com a luta.