quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A moça

Moça, por favor, não faças isso
Não incite assim meus instintos
Passando a bailar no salão florido
Com seu pregado e curto vestido.
Capaz me torna de adornar-te
Com brilhantes e jóias
Para ver-te reluzente
A passear por entre as fulanas.
Causar sanha com sua estonteante beleza
É de longe o menor de seus encantos
Pois, além do corpo escultural,
Guarda em si matricial singeleza.
E neste caminhar sereno e candente
Que ofega de meganhas a mortais
Atravessa do salão às ruas sinuosas
Entorpecendo meus sonhos assaz fogosos.
Então venha do seu jeito e faça
Lance diante de mim seu sorriso de brasa
Reluzente e altamente cativante
Arrebatando-me daqui para bem longe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário