sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Apenas vivendo

Sinto como se uma força estranha tivesse me sugado
Uma fraqueza terrível abate meu corpo cansado
Mal de amor, seria o que me acomete?
Talvez fosse apenas uma mera desilusão
Ou seria a mente já cansada desse longo embate?
Não sei: simplesmente não sei o que dizer!
As palavras me fogem à boca como refugo
Os pensamentos, deveras longínquos, subsumem
Os sentimentos, antes aflorados, agora sucumbem
Data vênia, o que não me queda me apraz
Diante desta situação de guerra voraz.
Vejo os laços da vida se esvaecendo em cacos
Espalhados pelo chão como limbos escassos.
E assim vivemos: reconstruir, reagrupar, recomeçar...
Entre sorte e revés vamos nos precipitar à vida
Carregando nos ombros uma carga deveras pesada
Imbuídos de uma coragem quotidiana descomunal
Nesse círculo vicioso buscando apenas uma saída.

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