terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Devaneios insólitos

Essa noite foi longa
Filmes de Almodóvar
Um longo papo com o nobre Jack Daniel’s
Enfim, velhas histórias em repetidas situações.
A cada gole seco do Bourbon
É fácil sentir a ausência do medo.
A cada dissipação da solidão
Mais e mais a dor se ausenta do peito.
Investimentos de fálicos corações
Ressentimentos trazidos por várias gerações
Desentendimentos pífios que não levam a nada.
Quero deitar e descansar o meu corpo
Mas a mente inebriada lateja pulsando a lembrança
Daquele rosto lindo e bem cuidado
E do lampejar de seus lindos beiços
A proclamar o que sentes: amor!
Creio nisso com a fé que o afeto me abrolha
Ressinto o velho sopro desagonizante
Enquanto a porta se abre em meu peito.
Por ela entras sem qualquer cerimônia
E de subitâneo me lança à redoma
De seus braços singelos e maleáveis
E lança beijos inesperados
Com seus lábios carnudos e afáveis.

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