domingo, 4 de abril de 2010

Essa terra

É nessa terra tão quente, é nesse chão que criei
Onde nasce ao meu lado a força de quem me fez.
Não sou comum ao destino, nem sou um fino rubi
Eu sou de carne e osso como qualquer um dali.
De pé em pé vou levando a minha vida de cão
Vou dando todo o meu sangue na minha luta por pão.
O pão nosso de cada dia às vezes é amargo como fel
Mas diz que graça teria se fosse fácil viver?
Seria apenas mais um dia vivido de cada vez!
Eu vejo ao meu redor diversos monstros azuis
São frutos de imaginação criados de sombra e luz.
Bendita terra querida, por que me faz mal assim?
Se tudo que mais queria era ser filho de ti
Esse castigo seu moço, eu acho que sei por quê
É fruto de um amargo que não sabe dizer amém.

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