domingo, 18 de julho de 2010

Deu branco

Olho para esta tela
E só vejo um fundo branco
As palavras me vêm à cabeça
Como sangria para cura.
Bom saber que tenho este escape
Melhor ainda é saber que o que escrevo
Pode tocar e fazer sentido
A outros que pensam o mesmo.
Dois dias mais tarde
Ainda vejo um fundo branco
Esperando todo silente
As palavras colocadas em plano.
Não fujo do trivial
Minutando os temores da vida
Medos, alegrias...
Indo da prosperidade à agonia.
Agora, depois de um tempo,
O fundo branco se esvaíra
E em seu lugar entra o glossário
Carregado de seus caracteres.
Assim como se vai o vazio
Preenchido pelas palavras
É preenchido meu peito
Com novos sonhos e alegria.

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